sábado, 27 de fevereiro de 2010

Oa africanos e seus descendendentes na história do BRASIL


Desde que chegaram ao Brasil, em 1500, os portugueses tinham esperança de enriquecer com o comércio de produtos da terra que pudessem interessar aos compradores europeus. Mas aqui não encontraram o que esperavam. Aqui não havia as mercadorias valiosas que conheciam,nem as pimentas da índia, nem o ouro que existia na Guiné, no continente africano. Existia o pau-brasil, que eles logo começaram a explorar.Mas o que havia de mais valioso eram mesmo as terras do Brasil.Terras férteis, de uma vegetação exuberante e de uma vastidão interminável. Nada que se pudesse comparar com o pequenino Portugal. Foi por isso que, aproveitando a abundância da terra, eles começaram o plantio da cana, para produzir o açúcar que podia ser vendido muito caro na Europa. E, para plantar cana e produzir açúcar, era preciso muita gente para trabalhar. Onde encontrar essa gente? Estavam bem ali, ao alcance da mão. Eram os índios. Naquele tempo, os europeus pensavam que os povos indígenas que encontravam na América não eram gente como eles. E é claro que eles eram diferentes. No Brasil, eles andavam nus e viviam de um modo que não se parecia nada com aquilo que os portugueses conheciam. As aldeias onde moravam, no meio da floresta, eram diferentes das aldeias e vilas de Portugal e eles tinham outros costumes. Conheciam como a palma da mão o território onde viviam e seus deuses eram as forças da natureza que dava a eles seu sustento. Nada sabiam do Deus dos cristãos. Por isso os europeus chegavam até a duvidar que os índios tivessem alma e que fossem verdadeiros seres humanos. Eram selvagens que eles precisavam civilizar. Os índios eram diferentes dos europeus e por isso os europeus achavam que eles eram inferiores. Para que tivessem algum valor, era preciso que se tornassem idênticos a eles. Era preciso catequizar os indígenas, convertendo-os a qualquer custo ao cristianismo. E era preciso ensiná-los a viver em aldeias como as da Europa e trabalhar como os europeus. Como não estavam acostumados a viver e trabalhar desse modo, era preciso obrigá-los a trabalhar e viver assim. Era preciso transformá- los em escravos dos colonos brancos portugueses. Nessa época, os portugueses já tinham viajado muito pela África e conheciam os negros do continente, porque controlavam a venda de escravos africanos para a Europa. Por isso, quando chegaram ao Brasil, eles chamaram os índios de negros da terra e passaram a escravizá-los, como já faziam com os negros da África.
Fugindo da escravidão, os índios foram se afastando do litoral, refugiando- se cada vez mais longe no interior do território brasileiro. E logo os portugueses começaram a organizar expedições para ir atrás deles. Essas expedições, organizadas pela gente de São Paulo de Piratininga, eram chamadas bandeiras. Os bandeirantes capturavam as populações indígenas para o cativeiro e ao mesmo tempo também tomavam posse de suas terras, para dividi-las entre os colonizadores. Assim eles iam conquistando o território do Brasil. No entanto, não demorou muito para que os bandeirantes passassem a ter maiores ambições.

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